segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

“MÃO ENCOLHIDA E OUVIDO SURDO” (8)



                       
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59:1,2).
A TRISTE CONDIÇÃO DO HOMEM REVELADA: “Mas as vossas iniquidades...”
        É preciso que eu avance um pouco mais na exposição desse texto tão cheio de extraordinárias riquezas da soberana atuação de Deus no meio dos homens. Nossos dias tão maus saúdam o humanismo de corpo e alma. Devemos saber que onde impera o humanismo, então o Senhor não está presente; onde o homem é glorificado de uma forma ou de outra, então necessário é que saibamos a mão de Deus não estará atuando e a impressão que dá é que seus ouvidos estão surdos para não ouvir. E quando a glória de Deus é ofuscada pela intensa busca pela glória do homem, então o pecado manifesta sua pujante força, assim como estamos vendo ocorrendo em nossos dias.
        Para ajudar no entendimento desse fato, ressalto o fato que o texto em Isaías está nos mostrando que o Deus santo de Israel é o mesmo Deus eternamente santo agora. O evangelho sublime da glória de Cristo sempre há de exaltar a santidade do Senhor e quando essa luz está ausente, não há dúvida que os homens manifestarão o que são no coração   enganosos e corrompidos (Jeremias 17:9). Como Deus encara o pecado? Como Deus lida com a iniquidade? O perverso humanismo trouxe à baila a ideia que Deus odeia o pecado, porém ama o pecador. Quanto engano! Não há qualquer poder que separa o homem do seu pecado, assim como não podemos separar o porco do seu prazer pela lama, nem um leão por comer carne.
        Mas a ideia que prevalece em nossos dias é que Deus é diferente agora; que ele é mais simpático com os desejos pecaminosos; que passou por cima disso e que hoje busca a felicidade material dos homens. Ora, está cheio de elementos perversos, disfarçados de pastores que pregam essas inverdades ao povo. Não faz muito tempo que lidei com um jovem casal de namorados que havia passado a noite deitados juntos na casa da mãe dele. Eu perguntei: “vocês já se casaram?”, ela respondeu que não. Então quando falei do pecado de fornicação, então ela disse que Deus queria a felicidade dos dois. Isso mostra o que está governando a mentalidade religiosa do povo em nossos dias.
        Mas, vamos à palavra de Deus, porque o que vale é o que ela diz e não o que pensamos. Deus vê o pecado como imundície, como motivo de sua ira e cólera. Deus não vê a iniquidade com amizade e simpatia. Quando Isaías presenciou a santidade de Deus (Isaías 6), ele imediatamente entrou em desespero, porque repentinamente veio à tona toda sua miséria, todos os trapos de maldades que estavam escondidos no íntimo. Foi nesse estado de penúria que Isaías clamou: “Ai de mim, vou perecer!”. Não houve pregação ali, foi um simples vislumbre da glória do Deus de Israel que levou aquele moço a sentir o quanto o homem não passa de um verme perante o Senhor da glória.
        Amigo leitor, nós não toleramos sujeira, tampouco imundície, não é verdade? E Deus é diferente? Sua santidade faz com que ele odeie o mal; que ele não suporte contemplar a maldade. O amor dele não está, nem um pouco misturado por esse amor mundano e carnal que falam e pintam por aí. Ele é Deus que é três vezes santo! Ele é Deus e sua ira contra o pecado faz com que ele venha em guerra contra aqueles que vivem brincando com seus pecados e práticas iniquas. Essa festa que ilumina o mundo religioso nestes dias maus não passa de provocação. São inimigos desafiando o trono de glória, mostrando o quanto Deus mantém de longe os orgulhosos. O momento agora é de humilhação, confissão e contrição perante aquele que cheio de compaixão por aqueles que se arrependem.

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