segunda-feira, 23 de outubro de 2017

VIVER PARA MORRER – MORRER PARA VIVER (2)



             
“Porquanto, para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
VIVER PARA MORRER.
        O que Paulo entendia e praticava no “viver é Cristo”, nos leva a compreender que é esse o estilo de vida que foi nos dado, assim que conhecemos nosso Salvador e Senhor. Com tristeza posso afirmar que o evangelho arminiano promoveu um estilo de vida sem qualquer compromisso com a vida que há no Filho. Devido ao fato que os arminianos creem que a fé vem do homem, consequentemente eles descansam nessa fé que, segundo eles, aceitou Jesus. Essa fé promovida pelo livre-arbítrio não dá qualquer sinal de vida, pois apenas descansa que foi salvo e pronto. Não há evidência de uma fé que está pronta para guerrear contra o mal; não há sinal de um verdadeiro herdeiro do céu, o qual marcha contra o mal em direção à sua herança eterna. O arminianismo é humanista, por isso sempre estenderá sua mão aos homens, confiando neles e descansando nele.
        Mas quando vemos o estilo de fé que Paulo mostra em Filipenses, percebemos com clareza o quanto está em pleno acordo com aquilo que vemos em toda extensão do ensino sobre como vive o crente neste mundo. Em Filipenses Paulo desafia àquela igreja, mostrando logo no início, que os crentes foram chamados, não para apenas crê em Cristo, mas também para padecer por ele (1:29). E Paulo mostra ser esse crente de combate, lutando aqui contra o mal e exibir assim a vida que há em Cristo, em pleno território onde opera a morte.
        É exatamente essa a verdade que preciso transmitir aos meus leitores nesta mensagem. Eu sei que milhares estão interessados por uma fé fácil; estão mais voltados para seus interesses terrenos, do que a glória de Deus no viver. Além disso, por todos os lados vemos como os falsos mestres expõem uma vida cristã mais fácil, mais belo e agradável à carne. O mundo hoje quer viver em paz com tudo e com todos; quer que o pecado seja tratado como um problema social e que nós mesmos podemos resolver tais problemas. Por essa razão, pregar sobre esse tema que eu trouxe aqui, em nada é apetecível aos amantes deste mundo.
        Deixemos de lado o que mundo pensa no campo religioso em nossos dias. Entremos no território santo da palavra de Deus e vejamos ali que a palavra de Deus nos convoca a uma guerra que é totalmente desconhecida para a fé fácil dos arminianos, bem como é para os mundanistas, porque a vida em Cristo nos colocou num campo de batalha diária. Em Atos Paulo afirma que não entraremos no reino de Deus sem luta. Não significa que estamos adquirindo salvação por meio de nossos esforços. Paulo não está ensinando salvação por obras, mas sim o fato de que aqueles que foram salvos têm vida agora. Antes eles estavam mortos, mas foram tirados da morte para o reino de vida, achada em Cristo. Agora, os verdadeiros crentes têm, por assim dizer, “músculos” espirituais. Agora eles podem embraçar a espada do espírito; agora eles veem os ferozes inimigos à frente. Noutras palavras, eis que os santos avançam, não para conquistar salvação, mas sim aquilo que a salvação lhes concedeu.
        Enfatizo isso, porque eu sei o quanto, os que não foram salvos, mas que se encontram dentro das igrejas vão lutar contra esse ensino. Eles não querem ser molestados; não querem ser tirados da zona de conforto. Que o Senhor nos livre dessa fé que não foi dada aos santos. Que o Senhor nos faça humildes, prontos para lutar.

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