quarta-feira, 18 de outubro de 2017

UM REI REJEITADO (2)



                                     
“Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença” (Lucas 19:27).
CRISTO JESUS É O REI QUE FOI EXALTADO.
        Meu objetivo nesta segunda página é mostrar que Cristo é o Rei que foi exaltado, se considerarmos o fato que ele veio aqui e foi humilhado. O fato é que Cristo sempre reinou. Paulo o intitula de “Rei eterno” (1 Timóteo 1:17) e isso significa que em sua posição como Deus ele sempre reinou e há de reinar. Mas devido à sua descida até nós, a fim de tomar nossa humilhante semelhança, a tendência é que nós passemos por cima de sua exaltada posição de Rei.
        Por outro lado vemos que foi sua humilhação que destacou sua exaltação, conforme Paulo destaca em 1 Timóteo 3:10: “...Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória”. Em Filipenses naquela passagem tão conhecida de todos (2:5 em diante) vemos que após a ressurreição do Senhor e de sua subida ao céu, o Pai exaltou seu Filho de forma poderosa acima de todo nome. É dito em Hebreus que ele assumiu o trono ao lado do Pai. Ora, toda essa verdade revelada nos mostra o quanto o Filho é Rei. Mas, mesmo em humilhação ele foi visto como Rei. Em Hebreus 1 vemos que quando ele desceu do céu e veio à terra, desceu abaixo dos anjos, com isso deu motivo para que os próprios seres angelicais o ignorassem. Mas vejamos o que o Espírito Santo nos ensina no verso 6: “E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos o adorem.” Isso significa que sua humilhação não arrancou dele sua posição divina de Rei e Senhor. Os anjos, assim como os anjos são criaturas, por isso devem agir como súditos perante o Rei.
        Assim percebemos o quanto a bíblia destaca esse humilde nazareno como o Rei. Demônios caiam aos seus pés; era ele quem mostrava ter o controle do mar, do vento, dos poderes das trevas e dos poderosos neste mundo. Quando esteve perante Pilatos e foi interrogado se era ele o Rei de Israel, ele não negou, mas afirmou que veio para reinar. Mostrou essa verdade até para os judeus quando repartiu os pães e peixes, alimentando milagrosamente uma grande multidão. O que os judeus fizeram quando presenciaram esse milagre? Eles se uniram para fazer dele um Rei. Mas o que eles queriam era um rei terreno que lhes concedesse aquilo que eles materialmente tanto queriam, porque as marcas dos desejos mundanos e materiais estavam gravados em seus pervertidos corações (João 6).
        Em suas palavras, milagres e atos nosso Senhor sempre mostrou que era ele o Rei da glória. Os apóstolos perceberam isso e caíram aos seus pés; eles temiam o Senhor, porque sabia que por detrás daquela aparência humana estava o grande EU SOU. Em sua primeira carta, falando a respeito do Filho de Deus, eis que João, em suas palavras destaca o fato que ele e os apóstolos contemplaram aquele ser glorioso, tocaram nele e, extasiados fitaram o Verbo da vida (1 João 1:1). Todo esse revestimento de glória visto no Homem – Deus mostra que ele é o Rei. Ele deixou seu trono de glória, a fim de receber aqui a coroa de espinhos, e assim mostrasse à igreja que ele é Rei dos reis e Senhor dos senhores. Veio para que sua humilhação viesse destacar ainda mais sua glória na exaltação. Veio para mostrar o quanto ama perdidos pecadores e que em seu reino ele recebe inimigos, perdoando seus pecados e elevando-os na posição de salvos e herdeiros com ele.

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