terça-feira, 4 de julho de 2017

MORTOS ESQUADRINHANDO AS ESCRITURAS (7)




“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas quem testificam de mim” (João 5:39,40).
TRISTE CONDIÇÃO DOS MORTOS: “...e são elas que testificam de mim”
        Agora chegou o momento para que examinemos a segunda lição que se desponta no texto, porquanto nosso Senhor mostra aos judeus o fato que as Escrituras é a completa exposição dele mesmo. Nunca houve um profeta que ousou declarar o que nosso Senhor falou; nenhum rei houve na história de Israel, nem mesmo Davi que chegasse a esse ponto de exaltar seu nome, assim como nosso Senhor o faz perante os incrédulos e arrogantes judeus. É claro que grandes nomes se despontaram na história do Velho Testamento, homens como Noé, Abraão, Jó e outros nomes tão conhecidos pelos judeus. Eles brilharam por um tempo, mas logo a morte veio para mostrar que não passavam de tintas que foram como que usadas na caneta de Deus.
        O fato é que Deus, em toda Escritura tem um nome a ser narrado e exaltado – o nome do Senhor Jesus. Ele é o grande Jeová que aparece em toda Escritura; ele é aquele, para quem aqueles grandes homens olharam com temor, pela fé. Eles abriram suas bocas e narraram sua glória; eles foram movidos por ele para fazer os grandes feitos que somente os crentes fizeram em toda história. Cada um daqueles homens não passavam de seres que caíram e que mostraram ser fracos e dependentes de Deus, assim como Elias, o qual era semelhante a nós em fraqueza; assim como Davi e outros que falharam, como nós falhamos.
        Mas as Escrituras do Velho Testamento trabalha em toda sua extensão para mostrar o perfeito Homem que um dia penetraria no palco deste mundo, como águia, trazendo redenção em suas asas. Os grandes nomes eram imperfeitos, mas foram usados por Deus para narrar e escrever a história daquele que é perfeito. Olhar a bíblia e não ver o Filho de Deus está declarando que é cego, surdo e mudo, noutras palavras está morto como aqueles judeus estavam. Examinar as Escrituras, tanto no Novo quanto no Velho Testamento e não mirar a glória do Filho de Deus, é transitar no escuro; é pisar sem saber em riquezas, assim como uma ave pode pousar numa mina de diamantes, sem nada saber do seu valor. Ler a bíblia e não contemplar o Cordeiro puro e sem mácula, o qual foi enviado do céu à terra, a fim de ser erguido na cruz para resgatar os perdidos, realmente não passa de um morto sendo guiado pela vaidade do pecado em território santo.
        Então, o que acontece com tais pessoas? Suas ilusões nem sequer são percebidas; suas vaidades parecem ser realidades para eles; seus corações estão cortejados pelo espírito da mentira e são erguidos pela eufórica soberba do diabo, na ânsia de ver a desonra de Deus. Ah! Os mortos conseguem ver sim, eles veem um livro de Deus como um compêndio que se fundamenta em fantasias supersticiosas. Como satanás enche seus corações de emoções perigosas e de graça infernal! A verdade revelada tem poder para nos humilhar e confessar nossa miséria perante o Senhor Deus, mas as letras sem o Espírito têm o poder de alavancar a vanglória humana, elevando o coração enganoso até aos mais altos cumes da insana coragem de desafiar Deus e sua glória.
        As letras bíblicas sem o Espírito é a mesma coisa que mirar um cadáver, admirar suas mãos, seus pés, olhos, cabelo, etc. Que valor tem? O volume sagrado para os mortos é visto como um altar de idolatria, um manual de ritos supersticiosos e uma taça de vaidades. A natureza idólatra há de idolatrar esse livro; há de usá-lo para as inspirações carnais e fortalecer uma esperança vã nos corações enganosos e enganados. Sem o Espírito eis que as verdades da salvação são desconhecidas e os juízos e punição divinos serão ignorados.

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