segunda-feira, 22 de maio de 2017

A HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO (6)




“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; e tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:13-15).
A GRANDE ATUAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS.
        Veja o que a graça fez com aqueles que Deus aprouve salvar: “...vos vivificou...”. Louvores tributemos ao Senhor nosso Deus, porque nossa história jamais foi contada à parte da cruz. O texto deixa essa verdade bem clara: “...vos vivificou juntamente com ele...”. Que ligação esplêndida! Nossa história não pode ser contada fora da nossa união com o Filho de Deus. Desde a eternidade Deus escolheu seu povo em Cristo: “Assim como nos elegeu nele antes da fundação do mundo...”. A partir dali é que tudo é visto nessa eterna e misteriosa unidade. A nossa unidade com Cristo é mostrada na preposição “sun”, termo que significa união.
Não me esqueço da ilustração do diretor do instituto onde eu e minha esposa estudamos. Ele foi um excelente expositor do Novo Testamento grego. Para explicar essa preposição “sun” ele ilustrou com duas sequoias (árvores nos EUA que crescem muito e alcança impressionante largura). Essas duas gigantes nasceram perto uma da outro, mas a medida que cresciam foram se aproximando para se tornarem uma só, a partir daquele encontro. Foi assim conosco, porque quando Deus escolheu seu povo, essa eleição foi feita em seu Filho, como se fosse uma simbiose. Realmente nós nada tínhamos de vida, pois fomos vistos em Adão, mortos no pecado. Mas o que ocorreu foi que nessa ligação eterna a vida de Cristo nos seria dada. O que ocorreu na cruz foi que o Senhor Jesus foi até ali a fim de conquistar vida eterna para seu povo; foi ali para que destruísse o poder da morte, a fim de que, com eterna segurança ficássemos para sempre livres desse agente terrorista do inferno, para que pudéssemos escapar da eterna destruição: “...para que todo o que nele crê não pereça...” (João 3:16).
O que aprendemos com isso? Chega até nossos corações o fato que em sua ressurreição, esse povo que fora unido a ele na eternidade, recebeu nele mesmo a vida que diferencia da vida em Adão, porque esta é vencida pela morte, enquanto a vida que há no Filho é eterna. Sendo assim tomemos cada pecador arrependido, porque o que ocorre aqui na salvação de alguém está intrinsecamente ligado àquilo que ocorreu na morte e na ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Nada Deus faz com os pecadores fora do drama do calvário, porque nem nós, nem o diabo, nem a morte e nem o mundo sabiam desse grande mistério que agora nos foi entregue. Uma salvação desligada daquilo que nosso Senhor fez em lugar do seu povo, não passa de engano. Uma estrofe de um antigo hino reflete bem a lição que temos em Colossenses, porque o autor cheio dessa verdade expõe o seguinte:
Quando penso no Senhor lá no calvário, quão mesquinho fica o mundo para mim!
        O prazer, a fama a glória, tudo inútil, ante o sangue que verteu por mim.
        Isso significa que todos os verdadeiros crentes não possuem uma salvação que se baseia em qualquer atividade; eles não têm outros mediadores, com Jesus sendo um deles. Para os salvos é somente e tão somente o Senhor, o que desceu do céu para ser o exclusivo autor dessa tão grande salvação, a qual nos propicia a bênção de sermos o que somos nele, para sempre.

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