sexta-feira, 19 de maio de 2017

A HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO (5)




“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; e tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:13-15).
NOSSA CONDIÇÃO NO PECADO: “E a vós outros que estáveis mortos...”
        Paulo vai além, para mostrar nosso estado de eternos devedores a Deus. Quando Paulo trata do “escrito de dívidas” ele está relatando nossa condição perante Deus. Nossos pecados revelam que éramos realmente devedores a Deus; que não seríamos capazes de pagá-las. Em nossos pecados Deus está mostrando que ato nosso aqui neste mundo, em nossos pensamentos e modo de viver era contraindo dívidas. No pecado os homens neste mundo estão roubando a criação de Deus; estão usando o que não é deles; estão aqui em seus pecados, apoderando da criação e utilizando-a para seus intentos perniciosos. Quão grande era nossa culpa, de tal maneira que éramos incapazes de somar essa dívida. Como pagar esse terrível incalculável débito contra Deus? Sem dúvida merecíamos a punição eterna; sem dúvida a prisão perpétua nos esperava com seus castigos horríveis.
        Mais do que isso, essas dívidas aparecem superficialmente na lei. Milhares não dão qualquer importância à sua condição neste mundo, pois pensam que está tudo bem, que algumas ofensas podem ser pagas mediante seus méritos. Os homens neste mundo consideram que têm méritos perante Deus, e nada sabem que só têm débitos numa ficha que desce do céu à terra e numa medida que é mais do que a areia dos mares. Quão enganados vivem os homens neste mundo! Como pensam erroneamente que estão livres e que um dia serão recebidos com um “bem-vindo” da parte de Deus! Mas, o que vejo são milhões e milhares momento após momento sendo xingados pela santa lei como “malditos!”. Enquanto isso eles não percebem que estão na fila de réus condenados à morte eterna e que caminham de forma imperceptível para o inferno.
        A igreja precisa saber dessa história, porque ela há de mostrar o quanto o Deus da salvação é bondoso, compassivo e amoroso. Quando Israel voltou do exílio na Babilônia e por meio de Neemias Deus restaurou o muro de Jerusalém, a fim de que o povo sentisse as bênçãos de Deus retornando à nação, eis que um grupo de cantores levitas se ajuntou para louvar as misericórdias do Senhor (Neemias 9). Nesse ato de louvor o que vemos é uma história de um povo insanamente rebelde, enquanto Deus é movido por uma compaixão impressionante, mostrado em bondade, paciência e ternura. Em toda extensão da sua palavra eis que Deus faz questão de mostrar quem nós éramos, a fim de que não venhamos a achar motivos em nós para amontoar soberba no coração.
        A nossa história no pecado é uma história não de amor, mas sim de horror. O cristianismo atua vive alheio à essas verdades, por essa razão é que há tanta ausência de temor ao Senhor. Em Israel Deus fez com que seu povo bebesse por setenta anos o amargo fel de cair nas mãos de nações perversas. Devemos saber que Deus faz isso com sua igreja em nossos dias, a fim de que saibamos que somente um povo contrito, humilhado e cheio de temor pode conhecer esse Deus, diante de quem devemos temer e tremer, como mostra a mensagem de um antigo hino:
                Minha condição tão triste conheceu meu salvador.
                Que do céu desceu à terra, para ser meu redentor!

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